Jil Sander.
TOPS MILAN MEN’S FASHION WEEK S/S 12:
JIL SANDER
Raf Simons faz uma justaposição de referências em seu inverno para a Jil Sander e acerta na colisão de códigos da indumentária perpassando tempo e gênero. O styling propõe shorts de pin-up dos 40’s, alfaiataria, futurismo, jogo de texturas e animal print numa mesma imagem, e agrada. Bolsas de pescoço com pegada nômade arrematam o look com coturnos militares, e o espírito juvenil “inacabado” característico de Simons é retomado de maneira brilhante.
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BURBERRY PRORSUM
O conhecido ‘cuting-edge’ de Christopher Bailey é acrescido de referências tribais e artesanais, saindo de cena o “slim-fit-brit-indie” para dar lugar a um “urban-folk-and-fabulous”. O ponto de partida ainda é puro Burberry, mas a cartela se abre em cores e pequenos detalhes dão o tom: caps de ráfia, golas de crochet, mocassins de cortiça e aplicações de madeira colorida. O tricot listrado parece um eco do verão anterior da Prada, mas não, não é.
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GUCCI
O gentleman inglês de Frida Gianini para a Gucci usa camisas sem colarinho por baixo de blazers bem cortados, jaquetas safári híbridas de trench coat, e forro termo selante como tecido para a noite. Há também os padrões de pied-poule e príncipes de gales, pulls e cardigans de tricot. Mas nada chega a ser literal. No lugar de um senhor sisudo e fleumático o que se vê é um ideal jovem e desencanado, o que é afinal de contas o público da marca.
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MARNI
Excêntrico e bem humorado o masculino da Marni engloba as principais correntes de pensamento da temporada à sua maneira. Estão lá as listras, o camelo, florais gráficos, misturas de tecido inusitadas, parkas, shorts, mochilas, meias, e mais uma lista infindável que nem caberia em apenas 12 composições que somam seu lookbook presentation. Mas coube, e causou desejo, principalmente por sua maneira incomum de tratar elementos tão óbvios.
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Z ZEGNA
Em sua última coleção para a Z Zegna, depois oito anos na marca, Alessandro Sartori dedobra o tema “ABSTRACT SUNDAY” em 45 looks pontuados com azul cerúleo, amarelo solar e um marrom noturno no final. Elogiada pela sua pluralidade têxtil, a coleção de proporções que lembram Dicky Trace nos momentos mais infelizes acerta mais no esportivo e no clima de filme “noir”. Há também uma série de transposição de golas e detalhes do safári para o náutico, como do casual para o formal, e vice versa.
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SALVATORE FERRAGAMO
Calças largas, utilitários, amarrações e cinturas marcadas compõem o statement de Massimiliano Giornetti para a Ferragamo. O sul da França de Picasso e seu atelier são o pano de fundo para uma coleção que não sai da zona de conforto, mas agrada com uma cartela em navy, khaki e verde jade, pontuada com espadrilles e chapéus de palha.
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GIORGIO ARMANI
Giorgio Armani batizou sua coleção de Printwear, e optou pelo gráfico no lugar dos florais ou estampas abstratas em voga, construindo uma imagem urbana e sofisticada: pied-poule, xadrez e espinha de peixe viram estampas e a paleta evolui de cinzas para azuis chegando até o nude.
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EDIÇÃO: BRUNO CAPASSO
TEXTO: PAULO RAIC
Fotos: Divulgação / GoRunway.com || Lookbook Marni / Press Office.