Locksley – 2011

No último 12 de julho, o Locksley disponibilizou o single The Whip do último disco homônimo, free para download. A banda que leva o selo de sua própria gravadora, a Feature, parece não ter pretensão alguma de fazer sucesso. E é esta contradição que faz do Locksley o mais novo queridinho da América.



A trajetória que vai do underground ao mainstream, pode ser árdua para alguns. Mas, pode também não ser o desejo de todos. Se você nunca ouviu falar no Locksley, não pense que tudo está perdido. Com três discos lançados, “Dont make me Wait (08)”, “Be in Love (010)” e “Locksley(011)”, a banda que existe desde 2003, pode ser uma incógnita para muitos e também a personificação do pop para outros.

Auto-intitulada doo-wop punk, em riffs de referências brit-invasion, power pop e indie rock, o Locksley soa como uma banda antiga que ainda faz música no século vinte e um, mas sem ter perdido a juventude. A estrutura dos backing vocals dá todo esse tom 50/60, somado ao bigode estilo Mark Twain do baterista e o corte perfeito de suas calças curtas e paletós.

A banda, que tem uma história antiga com a MTV, já foi tema de abertura de reality show da emissora, já teve diversos singles em propagandas para TV, citações em renomadas revistas de música, trilhas de filmes de cinema, apresentações em festivais e por aí vai. De Wisconsin, USA para o mundo, o Locksley provou que é querido sim, e não só na América.

O disco inicia em The Whip primeiro single da banda. Animadíssima, com um refrão que se apossa dos seus pensamentos, em um coro incrível e uma batida frenética.

Veja o vídeo e escute a música, disponibilizada pela banda em sua página oficial:


Oh, Wisconsin! é uma homenagem às raízes da banda e assim, como a primeira faixa, cheia de luz e alegria. Ótima para dançar.

Darling, it’s true é cheia de iê-iê-iê, em um tom surf music. Cheia de graça. Assim como Days of Youth, a faixa seguinte. Em uma pegada mais folk, vemos a flexibilidade da banda e do vocal de Jesse Laz, menos histérico do que nas faixas anteriores.

E então voltamos ao leve descontrole, com riffs sujos de guitarra em The Way That We Go. Os backing vocals brilhando, a coerência de um álbum despontando…estamos no meio do caminho e tudo corre muito, muito bem.

All Over Again é o som que te faz lembrar os Beatles, se eles fossem uma banda dos anos 2011. A influência brit se revela em faixas como esta. Ouça só:

Love You Too tem os melhores riffs de guitarra do álbum. E um refrão “lá, lá, lá” que soa bem demais. E Don’t Make Me Wait, She Does e All of the Time só comprovam a genialidade da banda. Cada uma ao seu modo, vão desenhando a revisitação dos vestidos rodados e topetes de gel. Brilhando em traços neon, em uma pista de led.

O disco vai chegando ao fim, em clima de bailinho com Away From Here. A fórmula já conhecida, só confirma o gosto por esse tom sessentista do Locksley. E para aquecer os corações: 21st Century. Não haveria jeito melhor de finalizar o disco.

Um dos favoritos deste ano, é de escuta obrigatória para qualquer aventureiro musical. Um álbum bonito, perfeito para uma tarde de verão ou uma noite quente. Tocante, dançante, animador, incrível. Chega a faltar adjetivo para qualificar o Locksley. Por isso, aproveite todos os vídeos desta matéria (que está cheia!) e baixe esta maravilha.

É diversão garantida.

MARINA RIMA
marinarima@brrun.com