32ª Casa de Criadores ― Inverno 2013 ― Primeiro dia

Projeto LAB

Teodoro e Anita

A marca Teodoro e Anita de Lucas Devitte e Isadora Zendron, trouxe um inverno sport. A cartela de cores é definida em preto, laranja, azul, pink e cinza. A silhueta é ampla em cima, com casacos e vestidos de neoprene e seca embaixo, com leggins estampadas em alguns momentos. Recortes geométricos e golas de tricô também estavam presentes. O trabalho é interessante, mas sem grandes inovações e adaptações.

Virgílio Couture

O inverno 2013 de Virgílio Andrade trouxe peças acertadas no corpo, nem muito amplas e nem muito justas, formando uma boa composição de cores, partindo do offwhite e preto, que eram pinceladas por detalhes em furtacor. Os vestidos tinham detalhes em outros materiais: pele de tilápia, bordados, zíperes e estampas holográficas. O conjunto final proposto por Heleno Manoel funcionou.

Felipe Fanaia

Felipe Fanaia fez uma coleção com diferentes opções para o universo masculino. A mistura de tecidos leves com tecidos pesados é interessante. A coleção era na maior parte feita em cores escuras, com um aspecto “rasgado” desenvolvido por cortes localizados em alguns looks. O que atrapalhou o desfile foi a pelúcia; ora em um casaco branco e ora em detalhes. O material afetou o conjunto no geral, que poderia ter sido dispensado.

Casa de Criadores

AP 401 Lucas Barros

Lucas Barros merece ser destacado nessa primeira noite de Casa de Criadores. Seu inverno trouxe looks bonitos em uma ótima modelagem. As estampas tinham um fundo floral e recortes geométricos. Tirando o primeiro look preto, com uma cruz, que pareceu fora da coleção, as roupas estavam lineares e o desfile fluiu. Destaque para o look em couro branco, com blusa e calça. Sentimos um respiro de novidade no inverno 2013 do estilista.

Gabriela Sakate

O desfile era restrito em preto e branco e assim Gabriela brincou com texturas e materiais. Tecidos encorpados e uma silhueta que mixavam entre o solto e o justo. Bons vestidos, blusas e saias. Tudo bem executado. As roupas eram chiques e limpas. A estilista mostra uma boa evolução. Um amadurecimento desenvolvendo uma coleção sofisticada.

Top Hat

A marca Top Hat não parece ser uma marca que faz coleções por estações. O estilista se prende às mesmas coisas, mas ao mesmo tempo, o desfile não tem foco nenhum. Camisetas e jaquetas brigavam com camisas polo e suspensórios. Jeans parecidos. Detalhe também para o acabamento e o caimento, que não estavam bons e deram um efeito desastroso na passarela.

Rober Dognani

A história de Rober Dognani se define primeiramente por um passeio em uma nave espacial. Disto, temos roupas estruturadas com aspecto astronauta/alienígena, em tecido com aspecto de brilho molhado que funcionou na passarela. No segundo momento, acontece a explosão desta nave, e uma série desconstrói as roupas apresentadas até o momento, surgindo vestidos mais justos, roupas com cara de amarradas, amassadas, em tecidos leves. As roupas são boas, mas o conjunto final fica muito distante de ser usado e restrito à passarela.

Weider Silveiro

O estilista não trabalha com inspirações, mas afirmou seguir rumos minimalistas para elaborar sua moda. Na cartela de cor estava presente o preto, branco e laranja, em um mix de tecidos em lindos vestidos. Com modelagem bem executada os destaques ficam para o tecido que imita madeira e os tricots, que constituíram ótimos momentos no desfile com acessórios desejáveis, ponto para Lucius Villar.

Confira mais do primeiro dia da 32ª Casa de Criadores:


ISABELA SERAFIM

 

Fotos: Divulgação / Namidia