27º HYÈRES | Perfil dos Estilistas: Paula Selby Avellaneda, Jasmina Barshovi, Narelle Dore e Kim Choong Wilkins

A partir de agora iremos também conhecer um pouco de cada estilista selecionado para o 27º Hyères International Fashion + Photography Festival. Confira abaixo um preview sobre a argentina Paula Selby Avellaneda, a suíça Jasmina Barshovi, a australiana Narelle Dore e o britânico Kim Choong Wilkins.

Paula Selby Avellaneda by Filep Motwary
Paula Selby Avellaneda by Filep Motwary



Como se sente por ter sido selecionada para a edição deste ano do Hyères?
Paula Selby Avellaneda — É uma honra. É também motivador porque faz com que você se sinta fazendo a coisa certa, estando no caminho certo. O festival é uma boa oportunidade para realizar uma coleção em prol da criatividade, uma oportunidade sem limites!

Como você descreveria o Hyères em três palavras?
P. S. A. — Independente, por amor à arte e generoso.

Qual foi sua parte favorita do processo até agora?
P. S. A. — Estou estudando negócios e ao mesmo tempo estou voltando à “costura”, o que para mim é ótimo. Antes de enviar o trabalho eu estava sonhando com o conceito, a coleção como um todo, tentando os tecidos, escolhendo cuidadosamente e procurando combiná-los. Desta vez, porém, o processo surgiu de maneira diferente, pois foi a primeira vez que eu tinha criado uma coleção respeitando meus esboços e desenhos arquetípicos.

Paula Selby Avellaneda — Argentina, IFM Paris
Paula Selby Avellaneda — Argentina, IFM Paris

Defina sua coleção em três palavras.
P. S. A. — Materiais, alta costura e Rock & Roll.

Jasmina Barshovi by Filep Motwary
Jasmina Barshovi by Filep Motwary

Como se sente por ter sido selecionada para a edição deste ano do Hyères?
Jasmina Barshovi — Fiquei muito feliz ao receber o telefonema, embora eu não esperasse. Sinto-me honra por estar aqui.

Como você descreveria o Hyères em três palavras?
J. B. — Uma grande oportunidade de conhecer muitas pessoas importantes da indústria, tem um ambiente descontraído que combina negócios e lazer de uma forma que pareça estar de volta à escola. Claro, há um júri no final das apresentações, o que acrescenta um pouco de stress.

Qual foi sua parte favorita do processo até agora?
J. B. — Repensar na coleção, voltando para coisas que eu deixei de lado por um tempo. Como eu sou uma designer de moda masculina, eu tive uma oportunidade para repensar nas mulheres.

— Qual foi a peça feminina que você criou para a Chloé?
J. B. — Sofisticada por natureza, confiante, no entanto simples. As roupas destacando todos os tipos de detalhes.

The Birds Are Silent by Jasmina Barshovi — Suiça, HEAD Geneva
The Birds Are Silent by Jasmina Barshovi — Suiça, HEAD Geneva

Defina sua coleção em três palavras.
J. B. — Nostalgia, lembranças e emoções desfocadas.

Narelle Dore by Filep Motwary
Narelle Dore by Filep Motwary

Como se sente por ter sido selecionada para a edição deste ano do Hyères?
Narelle Dore — Sinto-me não só honrada de ter sido selecionada para o Hyères, mas também maravilhada que meu trabalho ficará no arquivo mais extraordinário para sempre.

Como você descreveria o Hyères em três palavras?
N. D. — Ensolarado, de mente aberta e maravilhoso!

Qual foi sua parte favorita do processo até agora?
N. D. — Bem, chegando em Hyères, na Villa foi maravilhoso, também a preparação para o show, a apresentação enquanto, eu conhecia o resto dos candidatos e as pessoas que trabalham em Villa Noailles.

Narelle Dore — Austrália, Royal Academy Antwerp
Narelle Dore — Austrália, Royal Academy Antwerp

Defina sua coleção em três palavras.
N. D. — Macrame, cristais de sal e mulheres.

Kim Choong Wilkins  by Filep Motwary
Kim Choong Wilkins  by Filep Motwary

Como se sente por ter sido selecionado para a edição deste ano do Hyères?
Kim Choong Wilkins — Para mim, este é o ápice de uma longa jornada. Da ideia de que durante todo o processo de seleção, muitos especialistas conceituados de moda, incluindo Yamamoto, aprovaram o meu trabalho é muito encorajador. É um marco crucial!
Eu me formei como designer têxtil e me mudei para Milão para seguir atrás do meu emprego dos sonhos, que acabou sendo o meu pesadelo. Eu era um pouco ingênuo. Eu aprendi muito sobre o que é a moda e o que ela certamente não é.
Voltando à Londres para fazer o meu mestrado em moda masculina, permitiu-me descobrir algumas coisas em termos do que a moda significa para mim. Pessoalmente, é um meio de nos unirmos contra a mediocridade.
Trabalhei para diversos designers, às vezes como costureiro, às vezes, como designer e o tempo todo desenvolvendo a “minha assinatura” e permitindo-me a amadurecer.
Para mim, isto é um tipo de compulsão, só posso fazer isto: desenhar, criar, tricotar e costurar. Nem sempre é tão racional.
Ser selecionado para o Hyères nutre esse tipo de obsessão que fomenta sua neurose de fazer parte de uma audiência maior e mais crítica.

Como você descreveria o Hyères em três palavras?
K. C. W. — Sem limites, livre, criativa.

Qual foi sua parte favorita do processo até agora?
K. C. W. — Estar envolvido em um festival tão prestigiado que atrai a atenção, simplesmente sendo concedido apenas um brief, que através me permitiu encontrar a minha voz. Sendo dada carta branca para usar uma infinidade de tecidos e um print exclusivo. Basicamente é como se eu fosse uma “mega-marca” durante um mês. Sou sortudo, nem sequer consigo descrever. O Festival é ao mesmo tempo, de fácil operacionalização e um espaço aberto para nossas ambições criativas.

Kim Choong Wilkins — UK, Royal College of Art London
Kim Choong Wilkins — UK, Royal College of Art London

Defina sua coleção em três palavras.
K. C. W. — Subversiva, distopia, deslumbrante.

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Fotos: Filep Motwary and René Habermacher © Copyright — Hyères 2012