Chega o mês de Maio e o olhar dos projetores e flashes fotográficos se misturam numa mesma luz ao se voltarem para a Riviera Francesa onde anualmente ocorre o Festival de Cinema de Cannes. Talvez não tão pop midiático quanto a entrega dos prêmios da Academia no Oscar ou tão antigo quanto o Festival de Cinema Veneza, Cannes está ao lado deste e da Berlinalle como um dos maiores eventos cinematográficos do mundo, sendo certamente dos três o mais célebre e cultuado.
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Em sua 64ª edição o festival estampa em seu cartaz a atriz Faye Dunaway numa foto tirada por Jerry Schatzberg em 1970, cuja descrição do festival a apresenta como “Modelo de sofisticação e de graça intemporal, encarna um sonho de cinema que o Festival de Cannes deseja manter.”. Schatzberg antes de dirigir filmes teve uma carreira enquanto fotógrafo, sendo conhecido por uma série de fotografias de Bob Dylan nos anos sessenta.
Já como cineasta marcou seu lugar em Cannes ao ser vencedor de uma Palma de Ouro por ‘Scarecrow’, de 73. Seu primeiro filme ‘Puzzle of a Downfall Child’, que traz Dunaway como protagonista, foi restaurando pela Universal e será apresentado nesta edição do festival dentro do programa Cannes Classics.
A edição deste abriu com ‘Midnight em Paris’, de Woody Allen. Filmado na capital francesa, o filme traz no elenco Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard e a primeira-dama francesa Carla Bruni.
Já o filme que encerrará o festival será ‘Les Bien-Aimés’(Beloved), de Christophe Honoré que em 2007 integrou a seleção oficial com seu musical ‘Les Chansons d´Amour’. Seu mais recente filme tem no elenco nada menos que Catherine Deneuve contracenando com sua filha Chiara Mastroianni, bem como Louis Garrel como não pode deixar de acontecer em qualquer filme de Honoré.
A presidência do Júri deste ano ficará com Robert de Niro para os longas em Competição à Palma de Ouro. Ao lado dele integram o júri Martina Gusman, Nansun Shi, Uma Thurman, Linn Ullmann, Olivier Assayas, Jude Law, Mahamat Saleh Haroun e Johnnie To. Os outros que presidirão júris no festival são Michel Gondry na Cinefondation e Curtas-Metragens, Emir Kusturica na Un Certain Regard e Joon-Ho Bong na Camera D´Or. A atriz francesa Mélaine Laurent, de ‘Bastardos Inglórios’, ficou encarregada de ser a mestre de cerimônia.
Mas vamos finalmente aos destaques desta edição com o Line Up dos filmes em Competição da Un Certain Regard e da Cannes Classics.
COMPETIÇÃO
Dentre os filmes em competição este ano à Palma, alguns pertencem a diretores mais renomados que naturalmente já possuem uma carreira no festival. Entre os maiores destaques são as estréias dos mais recentes filmes de Von Trier e Almodóvar.
‘Melancholia’, de Lars Von Trier. Com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt, Alexander Skarsgård, Stellan Skarsgård e Udo Kier. Von Trier que há exatos dois anos esteve em Cannes concorrendo com ‘Anticristo’ retorna agora á competição com a história de duas mulheres (Dunst e Gainsbourg) respondendo diferentemente a iminência do fim do mundo. Segundo o diretor em ‘Melancholia’ o importante não é o que acontece, mas como acontece tal imersão apocalíptica.
‘La piel que habito’, de Pedro Almodóvar. Veterano em Cannes com seus filmes ‘Todo Sobre Mi Madre’, ‘La Mala Educación’, ‘Volver’ e ‘Los Abrazos Rotos’, o diretor apresenta ‘La piel que habito’ como um de seus filmes mais diferentes, sendo uma espécie de incursão no thriller psicológico ou um Almodóvar de terror. Baseado num romance de Thierry Jonquet, o filme mostra a vingança de um cirurgião plástico feito por Antonio Banderas sobre os homens que estupraram sua filha.
Outro destaque é o mais novo filme dos irmãos Dardenne. Jean-Pierre e Luc, que possuem o feito de terem sido agraciados mais de uma vez com uma Palma de Ouro e que agora retornam ao festival com ‘Le gamin au vélo’ (The Kid with a Bike). O filme conta a história de um garoto que foge para encontrar o pai que o colocou em um formato no apartamento onde ambos viviam juntos. Assim ele encontra uma mulher (Cécile de France) que o fará companhia nesta busca.
Também concorrendo ao prêmio está ‘L’Apollonide: ‘Souvenirs de la maison close’ (House of Tolerance), do sempre interessante Bertrand Bonello. Delineado imageticamente como uma pintura renascentista obscura, o filme de Bonello promete um assustador e sensual deleite aos olhos numa espécie de claustro romântico gótico bastante sugestivo. No alvorecer do século XX, em um bordel em Paris, um homem desfigura uma prostituta, marcada com uma cicatriz que desenha uma espécie de sorriso em seu rosto. Em torno desta mulher artificialmente risonha, há a vida de outras meninas, as rivalidade, medos, alegrias e dores.
Já que estamos falando de sensualidades misteriosas, a mesma atmosfera ressurge de outra forma em outro filme em competição. É o caso de ‘Sleeping Beauty’, da estreante em longas-metragens e também no festival Julia Leigh. O filme é encenado e descrito como um conto de fadas erótico e assombroso. O papel principal ficou a cargo da bela Emily Browning no papel de Lucy, uma jovem universitária que se adentra no mundo da prostituição de maneira perturbadoramente sutil e encontra seu lugar como uma mulher que dorme sob efeitos drogas enquanto é abusada por homens durante a noite numa espécie de “câmera ou aposento Bela Adormecida”. Na manhã seguinte ela simplesmente não se lembra de nada.
‘We Need to Talk About Kevin’, da diretora escocesa Lynne Ramsay que em 96 ganhou um Prêmio do Júri no festival pelo seu curta-metragem de gradução ‘Small Deaths’. Seu mais recente filme promete grandes expectativas ao trazer a sempre impactante Tilda Swinton no papel de Eva, uma mãe amorosa e de temperamento forte, cujo filho se tornou um assassino em massa num colégio do ensino médio. Na tentativa de entender as razões que possam ter levado o jovem a tal barbárie ela escreve uma série de cartas ao seu ex-marido, interpretado por John C. Reilly, relatando os eventos que levaram a tal tragédia. O filme promete a partir de uma abordagem perturbadora e instigante traçar uma discussão a respeito da natureza humana, educação e psicologia a respeito de eventos como esse, cada vez mais comuns e próximos de nossa realidade.
O fotógrafo e diretor turco Nuri Bilge Ceylan retorna a Cannes depois de ‘Üç maymun’ (The Three Monkeys), exibido em circuito restrito em alguns cinemas nacionais e que dividiu opiniões sendo considerado tanto uma obra virtuosa como um enfado exageradamente estilizado, com ‘Once Upon a Time in Anatolia’ (. Não se sabe muito a respeito do filme além do fato de se passar na estepe da Anatólia, uma grande eco-região entre o Mediterrâneo e o Mar Negro, que ocupa a maior parte da Turquia e conta a história tensa de uma noite passada por um médico e um oficial de justiça.
Outro esperado filme é ‘The Tree of Life’, de Terrence Malick, descrito pelo seu supervisor de efeitos visuais como “um filme muito poderoso sobre as memórias, emoções e nosso lugar no mundo.”. De fato é um projeto um tanto aguardado pela curiosidade gerada por comentários dos próprios envolvidos na produção, considerado ousado com momentos não narrativos que tentam dar conta de vários aspectos da civilização humana indo das proporções microbianas às imagens astronômicas, tendo ainda espaço para os dinossauros. (Tumblr do filme.)
Já o cineasta Nanni Moretti, ganhador da Palma de Ouro em 2001 por ‘O Quarto do Filho’, apresenta em competição ‘Habemus Papam’ (We Have a Pope), trazendo Michel Piccoli como um Papa (Michel Piccoli) que simplesmente decide não querer o trabalho ao qual foi nomeado. A partir daí surgirá um psiquiatra chamado pelo Vaticano para resolver o seu problema administrativo religioso existencial.
‘Polisse’, de Maïwenn, com roteiro escrito com Emmanuelle Bercot que co-estrela o filme, tem uma trama que gira em torno de como Fred, um rebelde na divisão juvenil em Paris, se apaixona por Melissa, uma fotógrafo designado pelo Ministério do Interior para fazer um documentário sobre ele. Dividida entre Fred e François, seu marido inconstante e rico, Melissa precisa encontrar um modo de escolher entre tal antagonismo que aglutina sua vida sentimental, política e social.
Integram ainda a competição Takashi Miike com ‘Ishimei (Hari-Kiri: Death of a Samurai)’, um remake em 3D do clássico ‘Harakiri’, de Masaki Kobayashi; ‘Pater’, de Alain Cavelier, filme com ares metalingüísticos apresentado como uma comédia que mistura os ares entre a ficção e a realidade; já ‘Drive’ de Nicolas Winding Refn traz Ryan Gosling como um dublê de Hollywood envolvido em um assalto que deu errado; há ainda espaço para Aki Kaurismäki e seu ‘Le Havre’, segundo filme do diretor falado em francês, depois de ‘La Vie de Bohème’ que conta a história de um engraxate que tenta salvar uma criança imigrante na França cidade portuária de Le Havre, ‘La source des femmes’ (The Source), misto de comédia e drama de Radu Mihaileanu que reforça de maneira infame como ninguém a expressão ‘estar na seca’ mostrando o conflito entre homens e mulheres numa pequena vila quando as tais decidem parar de satisfaze-los sexualmente caso estes se recusarem a buscar água em outro local.
A competição ainda apresenta ‘Hanezu no Tsuki’, de Naomi Kawase que tem boa carreira no Festival de Veneza num filme ambientado no período Asuka, que era conhecido por suas significativas transformações artísticas, sociais e políticas; ‘This Must Be the Place’, de Paolo Sorrentino que tem Sean Penn como Cheyenne, uma entediada estrela do rock em certo ostracismo que investe em uma jornada em busca do perseguidor de seu pai, um ex-criminoso nazista e ‘Michael’, de Markus Schleinzer, assistente de casting do cineasta Michael Haneke, que aborda a questão da pedofilia através da história de um homem que mantém refém em sua casa durante anos um garoto.
UN CERTAIN REGARD
Lançada durante a edição de 78, a mostra paralela Un Certain Regard tem como função dar espaços a produções mais atípicas lançando diretores com poucos filmes que possuem certo virtuosismo bem como obras recentes de renomados cineastas, basta lembrar, respectivamente, casos como esse ano passado com as estréias de ‘Les Amours Imaginaires’, de Xavier Dolan e ‘Film Socialisme’, de Jean Luc Godard dentro da seção.
Provavelmente o maior destaque da Un Certain Regard este ano é ‘Restless’, de Gus Van Sant, que abriu a mostra no dia 12. O filme que tem no elenco uma singela Mia Wasikowska de cabelos curtos a la Jean Seberg conta a história de amor e amizade entre uma menina em estado terminal que se apaixona por um rapaz (Henry Hopper) que gosta de ir a funerais e os eventuais encontros com o fantasma de um piloto japonês de kamikaze da Segunda Guerra Mundial. Aparentemente o filme parece se aproximar mais do tratamento de Van Sant em trabalhos como ‘Milk’ e ‘My Own Priva Idaho’ do que o formalismo de ‘Gerry’, ‘Last Days’ e ‘Elephant’, este vencedor da Palma de Ouro em 2003. Outro filme do diretor premiado no festival foi ‘Paranoid Park’ em 2007 com o Prêmio do 60º Aniversário.
Outro exemplar da mostra é ‘Hors Satan’, de Bruno Dumont, do impactante ‘Twentynine Palms’. Ao que parece o diretor trará um pouco da influência de seu filme anterior ‘Hadewijch’ ao tratar ou ao menos fazer referência ao tema religioso contanto a história de um solitário vilarejo transformado a partir um milagre. Como é de se esperar nada será tão plácido e calmo nesta áurea invisível das aparências, como em todo filme de Dumont.
Representando o nosso país na mostra e consequentemente no festival está ‘Trabalhar Cansa’, de Marco Dutra e Juliana Rojas. A dupla de diretores já esteve duas vezes em Cannes com seus curtas-metragens ‘O Lençol Branco’, na Cinefondation e ‘Um Ramo’, na Semana da Crítica. O título faz referencia a um poema do italiano Cesare Pavese, apesar do roteiro não possuir diretamente ligação com a obra do escritor. O filme mostra um casal que se arrisca e decide abrir um negócio, um mini-mercado e as conseqüências desta empreitada.
Os outros filmes que integram a Un Certain Regard são ‘The Hunter’, de Bakur Bakuradze, ‘Halt auf freier Strecke’, de Andreas Dresen, ‘Martha Marcy May Marlene’, de Sean Durkin, ‘Les neiges du Kilimandjaro’ (The Snows of Kilimanjaro), de Robert Guédiguian, ‘Bonsái’, de Cristián Jiménez, ‘Skoonheid’, de Oliver Hermanus, ‘Loverboy’, de Catalin Mitulescu, ‘The Day He Arrives’, de Hong Sang-soo, ‘Tatsumi’, de Eric Khoo , ‘Et maintenant on va où?’, de Nadine Labaki, ‘Arirang’, de Kim Ki-duk , ‘Yellow Sea’, de Na Hong-jin, ‘Miss Bala’, de Gerardo Naranjo, ‘L’exercice de l’Eta’t’ (The Exercise of State), de Pierre Schoeller, ‘Toomelah’, de Ivan Sem e ‘Oslo, August 31st’, de Joachim Trier. Além deles de última hora foram incluídos dois filmes no festival. Um deles será exatamente na Un Certain Regard, pertencente ao cineasta Mahamad Rasoulov que conta a história de um jovem advogado de Teerã que procura um visto para deixar o país. O outro filme pertence aos também iranianos Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb numa sessão especial no próximo dia 20.
CANNES CLASSICS
Criada em 2004 a mostra Cannes Classics surgiu enquanto palco para a exibição e ressurgimento de grandes clássicos do cinema mundial, como o próprio nome indica, apresentados em cópias restauradas por empresas detentores de seus direitos autorais, cinematecas, produtores, distribuidores e arquivos nacionais, todos exibidos em novíssimas cópias em 35mm ou digitais de alta definição como nunca vistos antes. A seção também coloca todo o prestígio de Cannes que acompanha os filmes até seu eventual relançamento nos cinemas ou no mercado de DVD e Blu-Ray. Além disso, Cannes Classics serve de espaço para tributos e documentários a respeito da arte cinematográfica.
Na edição deste ano serão catorze filmes, cinco documentários, algumas surpresas e uma Masterclass com o ator Malcolm McDoweel.
O filme de abertura foi ‘Puzzle of a Downfall Child’, de Jerry Schatzberg, exibido em cópia restaurada pela Universal na última quinta-feira, 12, com a presença do cineasta e da atriz Faye Dunaway, destaque do cartaz desta edição como comentado no início.
Beethoven e Ultraviolência em linguagem Nadsat.
Já nesta quinta-feira, 19, o destaque vai para a exibição da cópia restaurada pela Warner Bros de ‘Clockwork Orange’, de Stanley Kubrick, possivelmente o seu filme mais cultuado e acessível em termos ‘pop’. Na sexta, 20, haverá a presença de Malcolm McDowell, que interpretou o célebre personagem Alex na fita para uma Masterclass seguida pela exibição do documentário ‘Once Upon a Time … ‘A Clockwork Orange’ (Il était une fois… Orange mécanique), de Antoine de Gaudemar e Michel Ciment. Vale ressaltar que Kubrick recebeu uma bela homenagem da Cinemateca Francesa este semestre com uma invejável exposição completa que vai de manuscritos raros, artigos e peças de vários de seus filmes, entre figurinos e objetos cênicos.
Ainda haverá a exibição do clássico ‘Le Voyage dans la Lune’, de Georges Méliès, numa versão colorida, visível novamente 109 anos depois de sua realização, cópia esta que chegou a considerada perdida durante muito tempo. Ela foi encontrada em 1993 na cidade de Barcelona e em 2010 a restauração completa foi realizada pela Lobster Films, Gan Foundation for Cinema e Technicolor Foundation for Heritage Cinema. As tecnologias digitais de hoje permitiram que se voltasse a montar os fragmentos de 13.375 imagens do filme e restaura-las uma a uma. Um detalhe a mais que traz maior interesse por essa exibição é que a trilha sonora será realizada pela dupla francesa AIR.
Outro grande cineasta a aparecer na mostra é Roberto Rossellini com ‘La Macchina Ammazzacattivi’. Além disso, o festival irá restaurante mais de dez filmes do diretor italiano, incluindo naturalmente os mundialmente conhecidos ‘Stromboli’, ‘Roma, Città Aperta’ e ‘Germania Anno Zero’, em parceria com a Cinecittà Luce, CSC-Cineteca Nazionale, Cineteca di Bologna e Coproduction Office.
Merece também destaque a exibição de ‘Les Enfants du Paradis’, de Marcel Carné. Outros clássicos que marcarão presença na mostra são ‘A Bronx Tale’, de Robert De Niro; ‘Sugar Cane Alley’ (Rue Cases-Négres), de Euzhan Palcy; ‘Hudutlarin Kanunu’ (The Law of the Border), de Lufti O. Akad; ‘Niemandsland’ (No Mans Land), de Victor Trivas; ‘Dispair’, de Rainer Werner Fassbinder; ‘Le Sauvage’ (The Savage), de Jean Paul Rappeneau; ‘Chronique dun été’ (Chronicle of a Summer), de Jean Rouch e Edgar Morin; ‘L’Assassino’, de Elio Petri e ‘Il Conformista’, de Bernardo Bertolucci.
Falando em Bertolucci ele receberá durante esta 64ª edição do festival uma Palma de Ouro Honorária, criada para premiar realizadores cuja filmografia tenha seja de grande importância, porém que nunca receberam a Palma de Ouro por quaisquer de seus filmes. A partir deste ano o prêmio será anual, diferente dos anteriores entregues em edições específicas, como em 2002 para Woody Allen e 2009 para Clint Eastwood.
Berttolucci, nascido em Parma na Itália, começou como assistente de Pier Paolo Pasolini até dirigir seus próprios filmes que vai do polêmico ‘Ultimo Tango a Parigi’, com Marlon Brando e Maria Schneider ao seu último filme até o momento, ‘The Dreamers’, de 2003 com Eva Green, Michael Pitt e Louis Garrel.
Outro momento de curiosidade no festival será para o filme que levará a Queer Palm, espécie de Palma de Ouro destinada ao melhor filme exibido em Cannes, não importa em qual mostra ou seção, com temática LGBT. A Queer Palm segue, com enorme atraso, a mesma idéia de festivais como o de Berlin com o Teddy ou mesmo o de Veneza com o Queer Lion que 2009 premiou, por exemplo, ‘A Single Man’, de Tom Ford. A Queer Palm surgiu apenas no ano passado quando foi concedida a ‘Kaboom’, o tresloucado e apocalíptico filme do diretor norte-americano Gregg Araki.
Agora é aguardar o anuncio dos vencedores desta edição e esperar o próximo semestre quando a maioria dos títulos em ou fora de competição serão exibidos em tela grande no Festival de Cinema do Rio e na Mostra de SP para depois com sorte chegar ao circuito.
By Matheus Marco.
matheusmarco@brrun.com
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Festival de Cannes.
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