31ª Casa de Criadores – Verão 2013 – Day 1

A Hora do Brasil – Jum Nakao – Verão 2013A Hora do Brasil – Jum Nakao – Verão 2013 @Ligia Cistaldi – BRRUN.COM

Desfile Talentos SENAC

“Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”

Um desfile de moda, ou melhor, um evento de moda como a Casa de Criadores, que se pretende espaço de experimentação, criação autoral e independência, reforça qualquer olhar atento para os detalhes. Neste caso, não é só a roupa que comunica, mas toda uma simbiose de signos e enunciados que provocam a reflexão. Em termos estruturais, se a edição anterior foi pontuada por embaraços na organização e certamente no modo de conduzir o evento, a primeira noite da 31ª Casa de Criadores – Verão 2013 faz jus ao juramento da moda, ao mostrar que uma disposição à boa logística também é sinônimo de criatividade e elegância. Destacado isso, passo para o cenário. Ao escolher o Memorial da América Latina, construído nos anos 80 sob o crivo de escultor de Oscar Niemeyer, o espaço foi (e é) pensado para ser reflexão político-cultural sobre a condição não somente nossa, brasileiros, mas da América Latina. Como destacou o mestre da arquitetura em ocasião da inauguração “Suor, sangue e pobreza marcaram a história desta América Latina tão desarticulada e oprimida. Agora urge reajustá-la num monobloco intocável, capaz de fazê-la independente e feliz.” Se estas palavras soam intocáveis para aquele momento, peço a gentileza de utilizá-las para significar a importância de se abrir e fechar o primeiro dia chamando a atenção para o que é ser criativo, em territórios que receberam tantas influências de outros continentes. Ou melhor, que criatividade desejamos para estes tempos em que a economia se estabiliza por aqui, mas a criatividade parece sempre um coração, ora palpitando, ora sossegando?

E por que não falar sobre o nosso modelo educacional – e por aí passa também nossos cursos de moda, estilismo e modelagem – que é herdeiro de um padrão europeu no passado, e agora, norte americano? Não cabe invocar as coleções em si dos jovens estudantes – não que elas não sejam “boas” ou “ruins” – mas os dispositivos, os meios e as engrenagens que elas partem. Se Dudu Bertholini destacou sobre o espaço dado pelo SENAC à experimentação, ao rigor do trabalho e a criatividade, lanço algumas questões-provocações: não existe um espaço lacunar entre o experimentalismo dos estudantes e a necessidade do comercial na realidade da Moda? Quais serão os próximos passos para que os trabalhos destes jovens criadores amadureçam? Amadurecimento pressupõe uma crítica ao estacionamento ingrato da imagem criativa, ou é também o amadurecimento do rigor da modelagem, da boa escolha da cartela de cores, tecidos e do tema inspiracional da coleção? Se estudante – no caso da moda – é tão somente rodopiar no espaço cadavérico de uma coleção, ou também, indagar, refletir e tentar modificar o que nos foi (e ainda é) imposto, como o formato do desfile, o modelo de apresentação e os princípios codificantes da roupa? Afinal, e de que Moda estamos falando?

31ª Casa de Criadores – Verão 2013 - Marcelo Nagata 31ª Casa de Criadores – Verão 2013 - Marcelo Nagata

31ª Casa de Criadores – Verão 2013 – Marcelo Nagata

Há momentos interessantes como o futurismo doce de Marcelo Nagata, que sinaliza que finalmente os nossos jovens estão abandonando o devaneio do gagaismo, ou na coleção com meias calças em formato de tatuagem, que ao final propõe um corpo quase desnudado mas marcado por esta simbologia milenar que por si só é inventiva. Outro destaque é Lorran Augusto, que resume o desejo da temporada por um verão fresh, com transparências e as opções entre minis e longos, como o look do vestido em formato smoking. Mas nem tudo são flores, um coat estruturado pode funcionar em uma imagem de um editorial de moda cansado, ultrapassado, assim como a ideia de lingeries aliadas aos anos 20, ao clima de Cabaré. Pode ser que este signo seja forte no imaginário mundial, mas não avança na proposta e não desconstrói para reconstruir a mulher.

31ª Casa de Criadores – Verão 2013 - Lorran Augusto 31ª Casa de Criadores – Verão 2013 - Lorran Augusto
31ª Casa de Criadores – Verão 2013 - Lorran Augusto 31ª Casa de Criadores – Verão 2013 - Lorran Augusto

31ª Casa de Criadores – Verão 2013 – Lorran Augusto

Deixando de lado a sensação de “já visto”, com exceção de alguns momentos da primeira a terceira coleção, saio em defesa novamente – e sempre – dos estudantes. Se a criatividade for permissiva – e ela talvez seja – não é equivoco acreditar que neste vale tudo, podemos e devemos partir do princípio do erro? O que não podemos é ainda esculpir nossos sonhos sob a comodidade do concreto, de que já territorializamos a nossa Moda. Assim como a América Latina, os jovens estudantes precisam quebrar os muros e as vidraças de uma educação que educa, mas não liberta…


Projeto Lab

No projeto que tem como objetivo a inserção de novos estilistas no line up oficial, fica evidente a democracia do olhar – e a falta dele – nas coleções dos três nomes: Gilber Lopaka, Juliana Moriya e Fernando Cozendey. Se o primeiro ainda deseja chocar sem elementos que suportem esse choque, a segunda provoca – mesmo sendo tão comercial – a emoção pelo fino trato e respeito ao público consumidor. O terceiro ensina o que é amadurecimento. O público agradeceria se Cozendey pulasse do Lab para o elenco oficial da semana de moda.

Gilber Lopaka

O canto sacro/ gregoriano e profano da trilha sonora do desfile de Gilber Lopaka me fez revirar na cadeira. É um exercício interessante – por mais que tenha se habituado no plano do lugar comum – quando um artista decide revisitar as simbologias do mundo ocidental, principalmente as decadentes. Sob o tema “Sua Santidade — a Moda” a coleção propõe um olhar para as vestes das santas e ícones da Igreja Católica. Se a ideia inicial era mostrar que as vestes das madonas são sensuais, e podem povoar o guarda-roupa das mulheres que ousam profanar a noite, percebemos que a escolha do tafetá não esculpe as formas do corpo, e nem o corpo esculpe as formas da roupa. Em dourado presenciamos santas enclausuradas pelo volume, que não invertem o desdém da religião cristã pelo corpo, pelo contrário, reforça a crítica da instituição à libertação. Ao final, Lopaka entra e beija a passarela. Não, não se trata da figura papal em território estrangeiro. Talvez o gesto do estilista – muito mais significativo do que a coleção – seja um exercício de ironia. Afinal, para os conservadores, a passarela ainda é a tipografia incauta de uma religião que poucos ousam em profanar…

31ª Casa de Criadores – Gilber Lopaka - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Gilber Lopaka - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Gilber Lopaka - Verão 2013



Juliana Moriya

Juliana Moriya por sua vez, sabe onde pisa. E não estou falando da passarela e seus deslizes, mas dos pisos gélidos de uma loja ou do ato da compra. Comercial e não espere muito exercício e devaneio na coleção. Mas quem disse afinal, que o contraponto – quando bem feito, claro – não é uma ousadia? Conhecedora do DNA de sua cliente, a Moda de Moriya é a própria estilista: uma menina jovem, decidida, sonhadora, mas urbana. Se a cartela é básica – como tudo que se vê – com preto e o off white, pontuado por uma estamparia em vermelho, temos neste guarda-roupa tudo o que uma menina sonha para a próxima estação: minis, silhueta A, jogo de transparências, decotes geométricos nas costas, babados no lugar certo e uma beleza ditada por um cabelo longo e bem tratado. É sobre um verão chique. Aqui pouco importa a “inspiração”. O desejo é despertado pelo cuidado e respeito à sobriedade de meninas, que utilizam a roupa não só para se expressar, mas para cultuar a elegância.

31ª Casa de Criadores – Juliana Moriya - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Juliana Moriya - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Juliana Moriya - Verão 2013



Fernando Cozendey

Em Fernando Cozendey parece que tudo funciona: o stylist de Felipe Veloso, a trilha sonora divertida, irônica e claro, a sua percepção do que significa ter uma estética apurada e o desejo por um amadurecimento de pesquisa/ trabalho. Se o deboche do estilista teve espaço na última edição – por isto abriu a temporada de Inverno – ele retorna, mais tímido, planejado e estruturado. Longe de significar um retrocesso. Em um dia marcado pela sobriedade, a coleção se faz necessária como lembrança de que o Verão é uma estação divertida, de personagens e situações de uma comicidade sutil. Das imagens de caveiras e esqueletos da última coleção, nascem nadadoras esculturais. A continuidade pelo uso da Lycra não é falta de criatividade. É aquele presságio que aponta quando um criador achou seu material para esculpir uma forma por vezes ingrata: o corpo. As ideias são diversas e remetem ao futurismo, aos anos 80´s, aos personagens de desenhos animados. Elas servem não para criar um mosaico movediço, mas para sustentar uma estética própria. Preto, azul, amarelo e rosa claro dividem a cena com a ideia de corselets geométricos estampados/ recortados pelo bicolor da coleção e pelas toucas de nadadores que ajudam a divisar o que é inspiração do que é autoral. Nesta praia que é o estilo sportwear, poucos conseguem se livrar das figuras prontas deste universo, e partir para o que é uma imagem de moda. A entrada final das modelos na passarela permite essa visão: a ironia quando refinada, torna-se elemento indispensável para quem ousa colocar a ponta dos dedos nas águas frias de uma piscina, ou seria de uma passarela?

31ª Casa de Criadores – Fernando Cozendey - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Fernando Cozendey - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Fernando Cozendey - Verão 2013



Casa de Criadores


Weider Silveiro

Touché, que em francês significa na arte da esgrima o reconhecimento de um golpe por quem foi golpeado é a expressão que simbologia a coleção de Verão 2013 de Weider Silveiro. Se na anterior ficamos com o deboche irônico de uma manifesto anti-caretice, aqui a “coisa muda”, e claro, para melhor: a presença de uniformidade, da limpeza, da depuração, de um minimalismo e um futurismo quase ufanista. Os óculos de 3D do styling de Lucius Vilar (estamos vendo o mundo por uma virtualidade ficcional?) reforçam a ideia, mas não desmerece o trabalho em neoprene, seda, sarja e tricô das mãos do estilista. Destaque para as cores. Sim, as cores. São três tipos de brancos, que comprovam a sabedoria por uma pesquisa de cartela. Ser autentico nesta área, não é só encher a coleção de cores estonteantes, mas esgotar para renascer as antigas possibilidades. Chama a atenção, em meio às formas oversizes, a sutil ideia de telas nas roupas. Ao final do desfile, quando uma cor púrpura com brilho entra em cena, a “tela” desaparece aos poucos. É como se aquele olhar filtrasse transformando o que parece simples – mas não é – em uma pincelada, remetendo-nos aos quadros na mesma cor de Thomie Othake. A expressão touché significa também, algo relacionado com a morte. Pode até ser, mas aqui não é a morte apocalíptica, e sim de uma evolução de um trabalho, de um olhar…

31ª Casa de Criadores – Weider Silveiro - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Weider Silveiro - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Weider Silveiro - Verão 2013

31ª Casa de Criadores – Weider Silveiro - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Weider Silveiro - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Weider Silveiro - Verão 2013



Jacinto

A ideia não é nova: “work women esportistas”, mas a coleção da marca Jacinto – que funciona melhor no começo do que no final – tem momentos interessantes como os blazers tricolores em azul klein, preto e branco e o jogo de cores, formas e estruturas. Novamente os decotes geométricos nas costas aparecem em roupas feitas e pensadas em couro fake e algodão. Faltou emoção.

31ª Casa de Criadores – Jacinto - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Jacinto - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Jacinto - Verão 2013



Ronaldo Silvestre

Então, vamos falar primeiro da coleção, e depois da inspiração: o amor. Nesta passarela o ponto de partida são os corações (e quer elemento mais substancial para ser falar de amor?). E daí que temos de tudo neste sentimento. As meninas preferem o romantismo, passeiam com vestidos, provocam imagens doces e diáfanas. Já os garotos optam por um estilo street urbano. Em se tratando deste território humano, eles são mais básicos: camisas e bermudas. As cores passam pelo cru e pelo vermelho, em looks desenvolvidos em índigo e seda artesanal. Mas voltando ao começo, ou melhor, aquilo que nos faz suspirar e palpitar por vida. Segundo o release da marca, a coleção que fala sobre o amor, se distancia da forma apaixonada que temos deste sentimento. Talvez seja um amor tímido, frio e sem emoção. Pois é, tem dias em que a moda capta o espírito de uma época…

31ª Casa de Criadores – Ronaldo Silvestre - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Ronaldo Silvestre - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Ronaldo Silvestre - Verão 2013



Helen Rödel

Estreante na Casa de Criadores, a gaúcha Helen Rödel parte de uma plataforma discursiva e imagética muitas vezes ingrata. Não é qualquer criador que utiliza com maestria, as técnicas artesanais, como o crochê, aliando-se ao novo, ao moderno e ao atual. Em um imperceptível deslize, a caricatura torna-se um presente. Não é o que ocorre no desfile da jovem. O clima é de 70´s, hippie, folk, quase gipsy, místico e Swinging London. Nada literal, nada superficial ou com ares de importação. Compartilha de uma brasilidade única, que evoca – ao mesmo tempo – a complexidade de ser global. Conduzida por fios tecnólogicos, em construções que se assemelham a colméias, faz um exercício de Moda com a ideia dos vazados bicolores, um sutil beachwear e a profusão de cores que não cansam, enaltecem. O Macacão, peça “ingrata” por excelência funciona, assim como o moletom cinza com uma saia colorida de pontas de crochê. Destaque para o vestido color, trançado e com franjas. Uma boa ideia de moda e um look urgente para as tardes de verão pós praia. Pela coragem em se atrever em um território como este, a releitura do tema e o foco em sua cliente, Helen Rödel é um nome para se prestar a devida atenção.

31ª Casa de Criadores – Helen Rodel - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Helen Rodel - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Helen Rodel - Verão 2013

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Walério Araújo

Depois da coleção-supresa da 30ª Casa de Criadores, Walério Araújo retorna ao seu universo: o da provocação. Retorno aqui, não significa de modo algum comodismo, muito pelo contrário, há uma evolução, uma vontade de depuração, de reafirmação. As gargalhadas do início da trilha sonora denunciam: essa moça bonita conhece a rua, a sensualidade e o povo. Ao escolher um tema complicado, complexo, ora marginalizado, ora enaltecido, Walério Araújo propõe três tipos de identidades femininas. Se o povo da rua, personificado nas figuras da Pomba Gira e do Exu representam mini vestidos vermelhos com laços, brilhos, o bicolor preto e vermelho, e uma sensualidade nada vulgar, mas coerente, a imagem de Oxum conclama o dourado. Orixá da fartura, da riqueza, do poder é o ideário de uma persona que se veste para estes atributos. Vestidos estruturados em branco, amarelo e dourado, reverenciam a mãe das águas doces. Para os meninos – mesmo que o foco seja o feminino – sobra até camisas com punhos e golas de seda amarelas. O maiô de pérolas avisa aos navegantes: Iemanjá pede licença para saudar o romantismo, a coragem e a mulher do ventre. O vestido azul bordado com pérolas reforçam a poética. Destaque para a participação da performer Danny Cowlt. Com corpo escultural e uma cabeça feita pelas mãos de W.A provoca a plateia da 31ª Casa de Criadores. Se depender dos deuses africanos, a coleção de Walério promete aquela energia que os ousados possuem, ou em yorubá, o axé.

31ª Casa de Criadores – Walério Araújo - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Walério Araújo - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – Walério Araújo - Verão 2013

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Participação Especial: Jum Nakao

“A Hora do Brasil” este foi o título do trabalho desenvolvido sob a coordenação de Jum Nakao em parceria com 20 estilistas, modelistas e designers do SENAC Ceará. Mario Queiroz que apresentou o projeto no palco do Memorial da América Latina encarregou-se de salientar a importância do momento e do significado do projeto. Em 05 dias, em uma espécie de reality show, estes profissionais nordestinos se inspiraram e beberam na fonte de nossa cultura para desenvolver uma coleção completa. O resultado é extraordinário. Na passarela, painéis com xilogravuras dos nossos cordéis recebiam um Brasil ainda desconhecido. Vale ressaltar que o destaque e a maestria deste trabalho resultam na ousadia em propor não uma coleção comercial, mas estimular, por meio de uma pesquisa artesanal, novas formas, modelagens, olhares e possibilidades para a moda brasileira.  Retornando ao texto sobre o Desfile dos Talentos SENAC e o espaço escolhido para esta edição, o Memorial da América Latina, este trabalho – com trilha sonora, que inclui Feira de Mangáio e a overture de “O Guarani” de Carlos Gomes – ajuda a provocar os olhares que resistem em descobrir quantos brasis temos… Sem se auto folclorizar, o desafio que se impõe depois da provocação autoral talvez seja: como transformar esse mosaico de signos e simbologias de nossa cultura em uma roupa (coleção) que desperte desejo, que reverencie personas dos quatro cantos do mundo e que identifique com qualidade a nossa Moda? Talvez esteja aí, uma pergunta a ser feita nos próximos projetos com estas pretensões. Se o Brasil vive um papel de destaque na economia e no exterior, precisamos alertar que a sua “Hora” chegou às mãos de jovens criadores que não temem em mostrar seus rostos e suas criações. Uma manifestação poética, por isso política, que a nossa presidenta Dilma Rousseff prestaria muita atenção…

31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013

31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013

31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013 31ª Casa de Criadores – A Hora do Brasil - Jum Nakao - Verão 2013




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Texto: BRUNNO ALMEIDA MAIA
Edição: BRUNO CAPASSO





Fotos: Divulgação / Agencia Fotosite